ANNONA MARITIMA

FAMILIA DAS ANNONACEAE

 

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FLORES

                                FRUTO MADURO

FRUTO VERDE

FRUTOS MADUROS

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: ARATICUM-DA-RESTINGA, “do tupi – fruta mole e pequena”; também é conhecido pelos seguintes nomes: Araticum da praia, araticu-quadrado.

 

OBSERVAÇÕES: Espécie rara que o autor do Projeto Colecionando Frutas, Helton, procurava a mais de 10 anos, e ao conversar sobre a existência dela com o amigo Fabio Longen, foi possível depois de mais alguns anos de busca encontra-la no estado de Santa Catarina no ano de 2.017. As fotos acima foram cedidas para divulgação pelo amigo Fabio Longen. Anteriormente essa espécie pertencia ao gênero Rollinia que deixou de existir.

 

Origem: É planta rara e endêmica da floresta atlântica da restinga e pode ser encontrada somente nos estados da região sul do Brasil. Essa despécie também ocorre nas matas de morro dos Pampas gaúchos, aparecendo no Uruguai e na Argentina. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Annona_maritima

 

Características: Arvoreta de até 3 a 4 metros de altura, com copa pequena e rala e o tronco não ultrapassa os 15 cm de diâmetro na altura do peito (DAP). As folhas são simples, alternas, membranáceas (como membrana), oblongas (mais longa que larga, com nervura amarelada, base e ápice arredondados. sob pecíolo (haste ou suporte) medindo de 0,6 a 1,4 cm de comprimento. As flores têm formato de hélice com 3 pétalas ovaladas de 8 mm de comprimento e largura, de com amarela e superfície rugosa. O androceu (órgão masculino) tem numerosos estames ou tubos muito curtos inseridos em espiral na parte interna da parte floral semelhante a hélice com anteras (glândula que carrega os grãos de pólen) alongadas e rimosas (com abertura longitudinal). Os frutos são sincárpios de até 3,5 a 5 cm de diâmetro com gomos salientes abrigando polpa branca gelatinosa e doce com uma semente pequena no meio.

 

Dicas para cultivo: Planta de clima subtropical, mais resiste bem a climas temperados onde ocorre geadas de até – 3 grau, pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se bem aos solos arenosos ou argilosos e vermelhos que sejam profundos, com pH de acido a neutro e com boa quantidade de matéria orgânica dissolvida. Essa espécie pode ser cultivada com sucesso em vasos grandes de 40 cm de altura e 40 cm de largura com substrato feito de 40% de terra vermelha, 20% de areia de rio e 40% de matéria orgânica bem curtida.

 

Mudas: As sementes são ovaladas e medem cerca de 0,5 cm de comprimento e se armazenadas em local escuro conservam o poder germinativo por 1ano. Quando plantadas logo que colhidas, germinam em 40 a 90 dias. As mudas atingem 30 cm com 8 a 9 meses de idade, mais apreciam ambiente sombreado para formação. A frutificação inicia-se com 1 a 3 anos, dependendo do clima, solo ou dos tratos culturais.

 

Plantando: Pode ser plantada tanto em pleno sol como na plena sombra. No pomar planta-se num espaçamento de 4 x 4 m, onde as covas devem ter 40 cm de largura, altura e profundidade, devendo ser preenchidas com 20% de areia e cerca de 8 kg de composto orgânico bem curtido; caso o solo seja muito acido é bom colocar 1,5 kg de calcário na cova e deixar curtir por 3 meses antes do plantio. Irrigar com 10 l de água por semana nos primeiros 2 meses.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou que se cruzarem para o interior da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser 4 a 5 kg de cama de frango bem curtida e + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 2ª ano e continuar adubando anualmente na primavera. Lembrar de distribuir o adubo na projeção da copa com distancia do tronco igual a medida da circunferência do mesmo.

 

Usos: Frutifica nos meses de janeiro a março. A árvore pode ser cultivada em jardins internos ou terrários e vasos grandes deixados na varanda; também deve ser incluída na recomposição florestal, pois seus frutos alimentam a ave-fauna em geral. As flores liberam um delicioso aroma no ar. Os frutos são pequenos mais agradáveis para o consumo in natura e as sementes soltam facilmente da polpa. Os frutos também podem ser despolpados e a polpa congelada para uso futuro ou imediatamente para o feitio de sucos, espumantes, geleias e gelatinas. Os frutos depois de colhidos conservam-se por uns 10 dias se o armazenamento for refrigerado. Essa espécie produz os frutos que atraem diversas espécies de pássaros.

 

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