BROMELIA REVERSACANTHA FAMILIA DAS BROMELIACEAE

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PLANTA CULTIVADA	FLORES
Frutas verdes	Planta em ambiente natural no cerrado

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Caraguata-í vem do tupi-guarani e significa “erva da folha fibrosa e a sequência de vários A indica que os frutos são comestíveis; o Í é diminutivo e quer dizer pequeno. Também chamada de Gravataí do campo ou Caraguatá-mirim.

Origem: Ocorre em cerrados de campos abertos com gramíneas desde o centro-oeste do Brasil, passando por Minas Gerais e São Paulo. A planta é muito rara e está correndo o perigo de se extinguir. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Bromelia_reversacantha

OBSERVAÇÕES: Quando descobrimos essa espécie em 2.008 classificamo-la como Bromélia interior, mais recentemente com a descrição de uma nova espécie Bromélia michaelii apresentada pela ciência em dezembro de 2.012; pudemos definir a exata identificação. A Bromélia interior difere desta principalmente por apresentar folhas avermelhadas e flores vermelhas na época do florescimento. O nome atual agora é BROMELIA REVERSACANTHA.

Características: Planta terrestre em forma de roseta (folhas contornando um eixo central), com raízes subterrâneas interligadas formando canteiros com diversas plantas. As folhas são rijas, canaliculadas (como calha com forma de U), de cor verde  oliva, medindo 35 a 56 cm de comprimento por 1,7 a 2,6 cm de largura, com pilosidade grosseira na base das folhas. Nas margens existem espinhos retrosos (semelhante a um anzol) distanciados de 2 a 3,7 cm entre si. As folhas ficam rosadas e brilhantes e se abrem e deitam na horizontal quando vai sair à inflorescência congesta (adensada) por bracteas (tipo de folha modificada) brancas e macias. A inflorescência atinge no Maximo 20 cm de altura na natureza, e quando cultivada em solo fértil as medidas da planta se dobram. As flores individuais são centenas, medem 2,5 a 3,2 cm de comprimento, com pétalas de cor rosa claro. Os frutos são bagas acuminadas (com ápice se alongando lentamente) de cor amarelo escuro quando maduros, medindo 2,2 a 3,5 cm de comprimento por 1,4 a 1,9 cm de largura.

Dicas para cultivo: A planta tem muitos espinhos bastante cortantes, devendo ter plantada longe de onde circulam pessoas e crianças. Essa espécie particularmente prefere ambiente a pleno sol e solos com consistência arenosa, bem drenados e levemente ácidos. Pode ser cultivada em diversos climas e até 400 a 950 m de altitude. É resistente a secas e a geadas de até -1 graus.

Mudas: Multiplica-se mais facilmente por estolão, ou seja, brotos que saem da base do caule, mais estes só servirão como mudas se já tiverem raízes próprias. As sementes germinam em 30-50 dias se forem plantadas em substrato arenoso com pouca (20%) de matéria orgânica. As mudas atingem 15 cm com 18 meses de idade. As mudas tiradas da planta mãe começam a frutificar com 2,5 anos, enquanto que mudas originarias de sementes frutificam com 6 a 8 anos.

Plantando: Recomendo que seja plantada em local onde o solo seja bem drenado e pegue sol o dia inteiro. Plantar num espaçamento 2 x 2 m entre plantas e no mínimo 3 a 4 m distante de outra planta. As covas devem ter 40 cm nas três dimensões e se o solo for compacto, convém misturar 50% de areia e uns 30 % de matéria orgânica e folhas moídas apodrecidas a terra da cova. A melhor época de plantio é novembro a janeiro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 20 dias se não chover.

Cultivando: A planta cresce lentamente e não necessita de cuidados especiais. Adubar apenas cada roseta com 10 gramas de N-P-K 4-14-8 diluídos em água, durante o mês de outubro (Colocar a porção em 5 litros de água, deixar descansar por 24 h, depois irrigar a planta). Também é preciso fazer capinas para retirar o mato que pode sufocar plantas ou mudas jovens.

Usos: Frutifica em fevereiro a março. Apesar do fruto ser pequeno, tem polpa muito doce e com sabor bastante agradável. A planta pode ser cultivada como ornamental e em projeto de recuperação do cerrado pois seus frutos alimentam diversos animais desse bioma.

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