CHEILOCLINIUM CORCOVADENSIS

 

FAMILÍA DAS CELESTRACEAE

 

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Flores

Frutas

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: XIPUTÁ vem do tupi guarani mais não encontramos a etimologia ou significado. Também recebe o nome de Bacurí da restinga e Gulosa da praia.

 

Origem: Endêmica do estado do Rio de Janeiro ocorrendo com certa raridade no meio da mata de restinga arbórea decorrente apenas nesse bioma, Brasil. Mais informações no link: http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/

 

OBSERVAÇÕES: Encontrada por nossa equipe em expedições na restinga em janeiro de 2.014. É praticamente a única espécie do gênero Cheiloclinium que tem habito arbóreo. O fruto é de bom tamanho e saboroso.

 

Características: Arvoreta de pequeno a médio porte com ramos longos e folhas vistosas, atingindo 3 a 4 metros de altura com copa arredondada e densa, com folhagem verde escura e perene. O tronco é curto e cilíndrico, com casca quase lisa e de coloração creme esbranquiçado. As folhas são opostas ou subopostas, simples, glabras (sem pelos) em ambas as faces, de textura coriácea (grossa como couro) e discolores (com 2 cores, esbranquiçada por baixo). O limbo ou tecido foliar tem forma ovada (igual ovo)), medindo 7 a 12 cm de comprimento por 4 a 6 cm de largura, com base arredondada; fixada sob pecíolo de 0,4 a 1 cm de comprimento. Essa espécie pode ser facilmente reconhecida por se observar a margem da folha que é minusculamente dentada. As flores são hermafroditas e nascem em fascículos (pequenos feixes) axilares (nasce nos nós maduros e desfolhados) com 10 a 20 flores. Os frutos são bagas arredondadas, com 5 a 7,5 cm de comprimento por 5 a 6 cm de largura, com casca amarelada ou alaranjada com 4 a 7 mm de espessura, envolvendo 6 a 12 sementes oblongas (mais longa que larga), envoltas por arilo cremoso de cor creme com sabor agradável e exótico.

 

Dicas para cultivo: É planta extremamente adaptável podendo ser cultivada em climas com temperaturas anuais entre 12 a 36 graus, resistindo bem a geadas de até menos -1 graus negativos, frutificando bem em altitudes desde o nível do mar até os 700 m de altitude. Em seu lugar de origem as chuvas vão de 1.000 a 2.500 milímetros anuais. Aprecia solos arenosos, férteis, profundos e ricos em matéria orgânica e que tenham rápida drenagem da água das chuvas e pH em torno de 4,5 a 6,0. Pode ser cultivada tanto em pleno sol ou na sombra e na beira de riachos onde ocorrem inundações ocasionais. Ainda não temos informação de quanto tempo leva para frutificar. Essa espécie pode ser cultivada em vasos grandes.

 

Mudas: As sementes são compridas e meio triangulares, tem coloração creme, e são recalcitrantes (perde o poder germinativo em menos de 1 mês). Após despolpadas e lavadas em água corrente e secas ao sol por 4 horas, recomendo que sejam plantadas diretamente em saquinhos individuais de 20 cm de altura por 8 cm de diâmetro; contendo substrato de 30% de terra, 30% de areia e 40% de matéria orgânica bem curtida. A germinação se dá em 40 a 60 dias, com índice em torno de 90% e as mudas atingem 35 cm com 9 a 12 meses após a germinação.

 

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 5 x 5 m ou 3 x 3 m se for plantada na sombra no meio de outras arvores. As  covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 2 pás de areia saibro + 6 a 7 pás de matéria orgânica, 500 g de calcário e 1 kg de cinzas aos 30 cm de terra da superfície da cova. Deixar curtir por 2 meses, e depois já se pode plantar na melhor época que vai de setembro a novembro. Após o plantio, irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover e a partir do segundo ano, não precisa se preocupar com irrigação.

 

Cultivando: A planta cresce moderadamente e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim seco para manter o solo fresco e úmido e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Adubar com 2 a 4 pás de composto orgânico curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes em sulcos com 5 a 8 cm de fundura, em círculos a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro.

 

Usos: Frutifica nos meses de Janeiro a Fevereiro. Os frutos podem ser consumidos in natura e são muito doces e saborosos apesar de ter pouca polpa. Os frutos podem ser despolpados e a polpa pode ser usada para fazer suco e fabricar geleias e sorvetes. A planta pode ser cultivada em praças e grandes jardins por ter folhagem perene e fornecer ótima sombra. A árvore não pode faltar em projetos de revegetação permanente, pois é uma espécie que corre o perigo de extinção e seus frutos alimentam a fauna em geral.

 

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