CLAVIJA NUTANS

 

FAMILIA DAS PRIMULACEAS

(antes Theophrastaceae)

 

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Planta frutificada

Foto cedida pelo amigo Max Vagner

Frutos maduros (Foto: Helton)

 

NOME INDIGENA: CA-A-BOICI-GONHA, o nome indígena significa “FOLHA DE FAZER CHÁ CONTRA COBRA”. Também recebe o nome de CAFEZINHO DO MATO, CHÁ DE BUGRE, CHÁ DE INDIO, CONTRA-COBRA, CONGONHA E FRUTA DE CASCAVEL.

Origem: Encontrado com muita raridade nos sub-bosques da floresta semidecidual e em matas de galeria do interior do país. Essa planta foi encontrada na propriedade do amigo Max Vagner no município de Marilia – SP, onde ficam os últimos remanescentes da população no estado de São Paulo. A espécie é também ocorre no Mato Grosso do Norte, Mato Grosso do Sul, Brasil; e no Sul da Bolívia e ao leste do Paraguai.

Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Clavija_nutans

 

Características: Arbusto ou arvoretas de 70 cm a 2,5 m de altura com ramos cilíndricos, por vezes prostrados ou deitados no chão com brotações ascendentes e mais raramente eretos. O caule é amarronzado, com casca persistente e folhas espiraladas em grande parte da extensão. Os ramos novos são pilosos (coberto de pelos). As folhas são oblanceoladas (com forma de lança- mais com a ponta voltada para a base), sob pecíolo (haste ou suporte) de 12 a 18 m. A lamina é glabra (sem pelos), coriácea (consistência rija), com margem inteira e notavelmente pálida (esbranquiçada) medindo 18 a 50 cm de comprimento por 4 a 13 cm de largura. A planta é dioica (tem pé feminino que produz fruto e pé masculino que só dá flor) e produz inflorescência masculina com 10 a 30 cm contendo 10 a 20 flores e racemos (cacho) femininos medindo e 3 a 8 cm com 10 a 20 flores hermafroditas protegidas por bractéolas (tipo de folha modificada) pilosas (cobertas de pelo). O fruto é amarelo escuro ou alaranjado, esférico, medindo 1,4 a 3 cm de diâmetro, tem casca fina e coriácea (rijas como couro) e no interior abriga 2 a 6 sementes cilíndricas cobertas por arilo vermelho adocicado e de bom sabor.

Dicas para cultivo: É planta exigente à sombra mais de fácil adaptação aos mais variados tipos de solo e climas, e por isso pode ser cultivado em todo o território brasileiro. Aprecia temperaturas medias de 15 a 28 graus, embora seja resistente a quedas bruscas de temperatura de até - 1 grau negativo. Pode ser cultivado em solos vermelhos, arenosos ou argilosos ricos em matéria orgânica e que mantenham boa umidade. Aprecia chuvas bem distribuídas e com uma estação seca de pelo menos 90 dias. Pode ser cultivada com sucesso em vasos de 40 cm de largura e 50 cm de altura contento substrato de 20% de terra vermelha, 20% de areia de rio e 40% de terra vegetal. É planta de crescimento lento e provavelmente comece a frutificar com 3 a 5 anos a depender das condições climáticas. Recomento plantar no mínimo 3 pés para ter possibilidade de ter pelo menos 1 planta feminina.

Mudas: As sementes são cilíndricas, medem 1 a 1,3 cm de comprimento, são recalcitrantes (perdem o poder germinativo rapidamente), por isso devem ser plantadas logo que despolpadas.  Recomendo semear 1 semente por saquinho contendo substrato feito de 40% de terra vermelha, (misturar 3% do volume de calcário), 40% de matéria orgânica e 20 % de areia de rio. A germinação é lenta se inicia em 120 e prossegue por 1 ano formando plântulas de vários estágios. As mudas crescem lentamente, ficando com 30 cm aos 13 a 16 meses de vida, quando já podem ser plantadas no local definitivo.

Plantando: Plantar sempre em sombra plena, num espaçamento mínimo 4 x 4 m entre plantas. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e ser preparadas com 3 meses de antecedência, adicionando aos 30 cm da terra da superfície 4 kg de composto orgânico bem curtido, 100g de farinha de osso, 200 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira que tem potássio e beneficiará o crescimento. O plantio deve ser feito no inicio das chuvas em novembro a dezembro. Nos primeiros 3 meses convém fazer uma irrigação com 10 l de água a cada semana.

Cultivando: Depois de 1 ano de plantio a planta não é exigente a irrigações frequentes, mais requer que a coroa de onde foi plantada tenha cerca de 10 cm de cobertura morta (capim seco) para manter a umidade. Fazer podas de limpeza e formação no inverno eliminando os ramos que brotarem na base do tronco e os galhos cruzados ou voltados para o interior da copa. A adubação é feita com 3 pás de esterco bem curtido, misturado a 500 g de cinzas. No mês de novembro faz-se a adubação abrindo-se valas de 06 cm de largura, 03 cm de profundidade com no mínimo 10 cm distante do tronco.

Usos: Frutifica nos meses de março a agosto. Os frutos são adocicados, aquosos e refrescantes, próprios para consumo in natura. A polpa ou arilo vermelho indica que é rica em antioxidantes. A planta é de belo efeito ornamental, podendo ser cultivada com sucesso em vasos e jardins de terrários. Por ser planta rara que corre o perigo de extinção, não podem faltar no pomar de sua chácara ou fazenda e também estar presente em projetos de revegetação permanente. As folhas outrora foram usadas pelos índios para cortar o veneno de picada de cobra e como antifebril. Os frutos atraem varias espécies de animais como cutias e saruê.

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