CORDIERA MACROPHYLLA FAMÍLIA DAS RUBIACEAS

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PLANTA NATIVA  (foto de Alonso F. Neves)	FLORES FEMININA
FRUTO MADURO	FRUTO CORTADO

NOME INDIGENA: Puruna-muricada ou Puru-tuim vem do Tupi-guarani e quer dizer “Fruta acre e doce” (Tuim –com pequenas pontas) isso porque lembra o sabor forte do doce de marmelo, com um doce muito agradável. Também é chamado de Marmelada amarela, Marmelada do mato.

Origem: Espécie rara, nativa dos cerrados, da savana amazônica e da floreta semidecidual presente nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rondonia e Tocantins, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Cordiera_macrophylla

OBSERVAÇÕES: Foi descoberto em 2.010 pelo amigo e Colecionador Alonso nos cerrados em Cuiabá MT. No ano de 2.018 floresceu e não deu frutas, mais no ano 2019 deu as primeiras 8 frutas e no ano de 2020 produziu mais de 50 frutas.

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https://www.youtube.com/watch?v=83xfPtXUOTg

Características: Arvore pequena no cerrado (de 2 a 4 m) ou arvore com mais de 10 m de altura na floresta amazônica. Planta dioica como ocorre em espécies do mesmo gênero, cujo pé macho só dá muitas (de 5 a 20) flores aglomeradas; e o pé feminino dá 1 a 3 flores perfeitas que geram frutas. Tronco castanho escuro com casca marrom escura, desprendendo-se em tiras longitudinais. As folhas são simples, cartáceas (textura de cartolina), largas de cor verde brilhante medindo 8 a 16 cm de diâmetro por 4,5 a 7 cm de largura com nervuras secundarias, paralelas e bem visíveis na face dorsal. As flores surgem no ápice dos ramos e são brancas conforme se pode notar na foto acima. Frutos são discoides com os polos achatados, medindo de 2,5 a 4 cm de diâmetro por 1,5 a 2.8 cm de altura, com casca castanha quando madura com textura muricada (cheia de pontas ou maminhas). A polpa é cremosa com sabor doce indescritível contendo muitas sementes pequenas.

Dicas para cultivo: Arvoreta de crescimento moderado, apreciando solos do tipo latossolo vermelhos ou amarelados de rápida drenagem da água das chuvas e com pH levemente acido. No Sitio Frutas Raras a planta se adaptou muito bem e no viveiro as mudas resistiram a geadas de -1 grau em junho de 2.011. Plantar sempre 3 ou 4 mudas próximas pelo fato de não se saber com antecedência qual muda é feminina ou masculina. Pode ser cultivada em vasos de 50 cm de altura e no mínimo 30 cm de largura usando substrato de terra vermelha (50%), areia (30%) e matéria orgânica (20%).

Mudas: Sementes devem ser semeadas logo que colhidas, assim germinam em 30 a 50 dias no verão. O transplante é feito quando as plântulas atingem 7 a 10 cm de altura e o pegamento é bastante satisfatório. As mudas atingem 35 cm de altura com 10 meses de vida. O melhor substrato é aquele feito com 50% de latossolo vermelho + 30% de composto orgânico + 20% de areia branca de rio.

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol  ou meia ombra, num espaçamento 4 x 4 m. Fazer covas grandes e com pelo menos 40% de composto orgânico bem curtido, 30% de areia saibro e pelo menos 500 gramas de cinza de madeira. Melhor época de plantio é novembro a janeiro, convém irrigar sempre no primeiro ano, com 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover.

Cultivando: A planta cresce rápido e não necessita de cuidados especiais. Fazer podas de formação e eliminar galhos que crescem na horizontal embaixo da copa. Adubar com composto orgânico, pode ser (6 litros) cama de frango + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano. Distribuir os nutrientes à 5 cm de profundidade, em círculos distanciados à 30 cm do tronco. Convém sempre manter uma camada de folhas ou capim seco no pé da planta para manter a umidade.

Usos: Frutifica de novembro a fevereiro, Os frutos são consumidos in natura e são muito saborosos. Ainda podem ser despolpados e a polpa congelada para ser usada para fabricação de sucos, gelatinas, geleias ou sorvetes. A arvoreta em floração e frutificação, é muito ornamental, podendo ser usada com sucesso em jardinagem e também para atrair pássaros. Não deve faltar em projetos de recuperação do cerrado.

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