DUGUETIA RIEDELIANA

 

FAMILIA DAS ANNONACEAE

 

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FRUTO VERDE

FRUTA MADURA

FRUTA CORTADA

SEMENTES

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: PINDAIBA-RUBÍ vem do tupi-guarani e significa “arvore dos caniços ou varas” referindo-se a brotações quer surgem na base do caule das quais eram usados pelos índios para fazer suas casas. Também é chamada de Araticum vermelho.

 

Origem: Endêmica e exclusiva da floresta ombrofila densa da encosta atlântica do estado do Rio de Janeiro Brasil. Mais informações no link:

http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Duguetia_riedeliana

 

OBSERVAÇÕES: Essa espécie foi descoberta em nossas expedições em fevereiro de 2.014.

 

Características: Arvore de médio porte e densamente folhosa com copa arredondada, atingindo 8 a 15 m de altura. Seu fuste ou tronco é reto e tem casca de cor marrom-acinzentada e chega a medir 40 cm a 60 cm de diâmetro. As folhas são simples, glabras (sem pelos) na face superior e com indumento lepidoto na face inferior; tem forma lanceolada (com forma de lança), com margem ondulada e textura cartácea (como papel cartolina), medem de 7,5 cm a 13 cm de comprimento por e 2 a 3,3 cm de largura. A lamina foliar tem cor verde escura e a nervura central é notoriamente amarelada no dorso. As flores são hermafroditas, dispostas em curtos pedicelos (haste ou suporte de 1,3 cm de comprimento), são hemiciclicas, ou seja, os segmentos ou pétalas se prendem num mesmo nó ou estão distribuídas em espiral. Dotadas de cálice (invólucro externo) com 3 a 4 sépalas desiguais de 1,2 cm e a corola (invólucro interno) tem  5 ou 6 pétalas glabras (sem pelos) de cor amarelada medindo até 1,8 cm. Os frutos são sincarpios (conjunto de segmentos ou gomos) distribuídos como raios a partir dum eixo central, medem 5 a 8 cm de diâmetro, ficando com cor de rubi quando totalmente maduros.

 

Dicas para cultivo: planta de lento crescimento que prefere ambiente sombreado na fase inicial. É de origem de clima subtropical úmido, mais que pode adaptar-se a climas mais quentes. Depois de estabelecida (a partir do terceiro ano) pode resiste a secas e a geadas de até – 1 grau. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a solos vermelhos de drenagem rápida ou argilosos e ricos em matéria orgânica. A planta inicia a frutificação com 7 a 10 anos a depender do clima e tratos culturais.

 

Mudas: Sementes são dormentes se forem secas, conservando o poder germinativo por mais de 1 ano. Recomendo que as sementes sejam semeadas diretamente em sacos individuais contendo o substrato feito de 40% de terra vermelha, 30% de areia e 30% de matéria orgânica bem curtida; deixando-as em estufa onde mantenha umidade e calor. As sementes tem índice de germinação de 60% e germinam em 120 a 170 dias. Formar as mudas na sombra; assim vão atingir 30 cm com cerca de 12 a 15 meses. As mudas no campo crescem 30 cm por ano nos primeiros 2 anos após o plantio, depois crescem mais rapidamente.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol (com sombrite de proteção cortando 50% de insolação) ou em reflorestamentos mistos para aproveitamento dos frutos que alimentam diversos pássaros. No pomar planta-se num espaçamento de 6 x 6 m, em covas de 50 cm nas três dimensões; adicionando aos 30 cm da superfície 6 a 7 pás de matéria orgânica bem curtida, 1 kg de cinzas, 300 g de calcário, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de outubro. Irrigar com 15 l de água por semana nos primeiros 3 meses se não chover. Convém cobrir a superfície da terra com capim seco ou serragem para manter a umidade.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar apenas as brotações na base do caule da muda a partir do 3 ano. A adubação até o terceiro ano dever ser apenas com 500 g de composto orgânico bem curtido distribuído superficialmente. A partir do 3 ano adubar com 3 pás de cama de frango bem curtida + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 7ª ano.

 

Usos: Frutifica nos meses de Janeiro a Março. A árvore deve ser cultivada em jardins botânicos, coleções de árvores e pomares para sua preservação. É importante incluir na recomposição florestal por ser árvore clímax (de longa vida) e por ter grande produção de frutos que alimentam a ave-fauna em geral. Os frutos podem ser consumidos in natura destacando os gomos e sorvendo a parte alaranjada que é muito saborosa. Os frutos dessa espécie tem grande potencial para o comércio e principalmente para ornamentação de eventos gastronômicos pela sua rara beleza e sabor. Por ser espécie rara e endêmica é de máxima importância que seja preservada, cultivada e pesquisada.


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