EUGENIA LONGIPEDUNCULATA

 

FAMÍLIA DAS MYRTACEAE

 

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Arvore florida e sem folhas

FLORES

 

FRUTOS

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

 

NOME INDIGENA: IBÁ-PITANGA-MIRIM – vem do tupi-guarani e significa “Fruta de pele tenra ou fina”, e o adjetivo Mirim indica o pequeno tamanho do fruto (até 1,2 cm de largura). Também recebe os nomes de: Pitanga branca (por causa do tronco), Pitanga laranja (por causa da cor do fruto), Pitanga miúda, Pitanga-de-cabinho-longo e Pitanga da floresta semidecidual.

 

OBSERVAÇÕES: Espécie que encontrei na floresta semidecidual a + ou – 10 anos e nomeada como pitanga laranja. Na época por falta de materiais apropriados, pensei que se tratava apenas de uma variedade da pitangueira comum (Eugenia uniflora) mais agora com mais experiência e material bibliográfico apropriado consegui identificar corretamente a espécie (veja as diferenças nas características descritas abaixo). O Site Flora do Brasil sinonimisou essa espécie como Eugênia blasthanta, erro que pode ter acontecido por se basear apenas em exsicatas e não em plantas ao vivo, que são bem diferentes apesar de ocorrerem no mesmo bioma.

 

Origem: nativa da Floresta atlântica, ocorrendo preferencialmente no bioma da floresta semidecidual sempre em terrenos argilosos altos e bem drenados. Raramente se encontra nas matas de galerias próximas a riachos e em capoeiras de solo úmido assim como a Eugenia uniflora. Esta espécie ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, Brasil. Mais informações no link: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/

 

Características: Arvoreta ou arvore de porte médio que cresce de 4 a 8 metros de altura, formando copa cilíndrica quando em sol pleno. O trono é esguio, bi ou trifurcado, medindo de 15 a 30 cm de diâmetro, com casca mais velha de coloração creme que ao se desprender em placas retangulares, fica de cor cinza esbranquiçado. As folhas são simples, opostas, cartáceas (textura de cartolina) e totalmente decíduas, caindo pouco antes da floração. A lamina foliar é verde escura e brilhante em cima e mais claras por baixo, medindo de 2,5 a 5,5 cm de comprimento por 1,3 a 2,5 cm de largura, apresentando forma lanceolada (forma de lança), com base cuneada (forma de cunha) e ápice longo acuminado (com ponta afinada e longa). Essa espécie é facilmente identificadas por se observar nervuras secundarias que acompanham a margem de coloração amareladas nas folhas maduras. Diferentemente da Eugenia uniflora, essa espécie floresce quando a planta está totalmente sem folhas e as flores nascem em falsos racemos em grupo de 2 a 6 flores. Após a antese ou abertura das flores o eixo continua a crescer e produz novas folhas. Os pedicelos (haste suporte) medem de 2 a 4,5 cm e as flores normalmente tem 4 pétalas brancas e oblongas (mais longa que larga. O fruto é uma baga esférica, lisa, achatada nos pólos, medindo de 0,8 a 1 cm de altura por 0,9 a 1,2 cm de diâmetro.

 

Dicas para cultivo: Tem crescimento rápido e pode ser cultivada em todo o Brasil adaptando-se a climas temperados, subtropicais e tropicais onde a temperatura média é de 13 a 26 graus, resistindo a mínimas de até – 4 graus. pode ser plantada desde o nível do mar até 1.000 m de altitude, apreciando índices de chuvas que variam de 1.200 a 1.800 mm anuais e bem distribuídos. Aprecia qualquer tipo de solo que seja profundo e tenha boa drenagem, mais que o subsolo retenha certa umidade. Ela vai bem sobre qualquer tipo de solo que seja profundo e com pH entre 5,0 a 6,7. Começa a frutificar com 2 a 4 anos após o cultivo. Também pode ser cultivada em vasos grandes e em local sombreado.

 

Mudas: As sementes são pequenas, redondas e esbranquiçadas e devem ser despolpadas e secas na sombra por 2 dias em seguida são plantadas em jardineiras com 40 por 20, por 15 cm de altura á 2 cm de profundidade. O composto utilizado deve ser feito com 40% de matéria orgânica bem curtida, 30 % de areia de rio e 30% de terra. A germinação ocorre em 30 a 40 dias e é quase total. As mudinhas podem ser transplantadas para saquinhos individuais quando tiverem 10 cm de altura e o substrato deve estar úmido, e após replantadas as mudas devem ficar em plena sombra e ser irrigadas diariamente por mais ou menos 1 mês. Depois as mudas já podem ficar sob sol pleno quando em mais ou menos + 6 meses atingirão 30 a 40 cm de altura.

 

Plantando: Plantar no espaçamento de 5 x 5 m entre plantas, abrindo covas com dimensões de 50x50x50 cm. O preparo se inicia reservando os 30 cm de terra da superfície para ser misturada com 6 pás de esterco bem curtido, 500 g de calcário, 600g de cinzas. Após a mistura estar homogenia, volta-se a terra no buraco e deixa curtir por 2 meses. A melhor época do plantio é nos meses de setembro a outubro. Irrigar generosamente  uma vez por semana nos primeiros 2 meses e depois somente quando faltar umidade.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 pás composto orgânico + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação. A irrigação na época de floração e frutificação aumenta consideravelmente a produtividade e qualidade dos frutos.

 

Usos: Frutifica nos meses de setembro a novembro. Os frutos são consumidos in natura, e diferentemente da pitanga comum não deixa gosto final de terebintina. Os frutos podem ser despolpados e utilizados na forma de sucos, geleias e sorvetes. A floração é produtora de néctar e pólen e a arvore não deve faltar nos quintais e na arborização urbana, pois seus frutos atraem e alimentam dezenas de espécies de pássaros.

 

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