GARCINIA ALBUQUERQUEI

 

FAMILIA DAS CLUSIACEAE

 

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PLANTA

GALHOS CARREGADOS DE FRUTAS

FRUTAS MADURAS

FRUTAS, POLPA E SEMENTES

 

NOME INDIGENA: BACUPARÍZINHO vem do tupi guarani e significa “fruta de cerca” por causa dos ramos ascendentes que crescem na horizontal quando a planta nasce em áreas abertas ou ainda porque os índios cultivavam para cercar suas roças. Também recebe o nome de Uvacupari-mirim ou Bacupari miúdo por causa dos frutinhos pequenos.

 

Origem: Nativa da floresta amazônica e pouco comum na floresta de terra firme de maior altitude, no estado do Amazonas, Brasil. Fora do Brasil essa espécie também ocorre no Peru e norte da Bolívia. Mais informações no link:  

 http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Garcinia_albuquerquei

 

Observações: Espécie de Garcinia que tem o menor fruto e a menor semente. Apesar de ser de origem tropical, a espécie se adaptou bem ao clima subtropical, resistindo bem a geadas e a seca.

 

Características: Arvoretas de 2 a 4 m de altura quando cultivada, apreciando sempre ambiente sombreado, tendo copa larga e galhos crescendo mais na lateral do que na vertical. No local de origem pode atingir 6 a 18 m de altura na floresta tropical de altitude. O tronco é ramificado e cilíndrico exsudando látex ou leite creme quando ferido; estes medem de 5 a 15 cm de diâmetro, são angulosos e a casca é castanho escura e áspera. Essa espécie pode ser facilmente identificada por se notar ramos angulosos com cicatrizes de inflorescências caídas. As folhas são opostas, séssil (com cabinho muito reduzido) fortemente coriácea, oblonga a elíptica (estreita) medindo 5,5 a 12,5 cm de comprimento por 3 a 4,5 cm de largura. O ápice é emarginado e a base emarginada (com reentrância como coração) ou arredondada com proeminente sulco adaxial marginado. As flores surgem em inflorescência em fascículos opostos axilares, 10-30 flores por fascículo; com botão floral globoso, pedicelo ou cabinho com 1 cm, tendo 2 sépalas orbiculares verdes; 4 pétalas verdes reflexas após antese; com 10 a 12 estames (órgão masculino) e anteras (órgão feminino) amarelo-alaranjado rimosas. O fruto é elíptico (alongado), liso, rostrado (com pequena ponta no ápice), medindo 2,5 cm de comprimento por 1,7 cm de largura, com casca fina amarela, envolvendo polpa branca muito adocicada que recobrem 1 a 3 sementes cilíndricas de 10 mm de comprimento por 4 mm de largura.

 

Dicas para cultivo: É de fácil adaptação aos mais variados tipos de solo e climas, e por isso pode ser cultivado em todo o território brasileiro. Aprecia temperaturas medias de 12 a 38 graus para uma boa safra de frutos, embora seja resistente a quedas bruscas de temperatura de até -3 graus no Rio Grande do Sul, sendo indiferente a máximas de 43 graus quando cultivada na Amazônia. Pode ser cultivado em solos argilosos de áreas inundáveis (plintossolo), em terra roxa ou vermelha de alta fertilidade (nitossolo ou latossolo) e solos brancos ou arenosos de rápida drenagem (argissolo); apreciando pH ácidos a neutros (4,5 a 7,0). As chuvas devem ser bem distribuídas e com uma estação seca de pelo menos 90 dias. Começa a frutificar com 3 a 4 anos após o plantio e essa espécie pode ser cultivada com sucesso em vasos médios e grandes.  

 

Mudas: As sementes são alongadas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo rapidamente), por isso devem ser plantadas (escolher sempre as maiores) logo que retiradas da polpa. O substrato de germinação deve conter 50 gramas de farinha de osso para 1 carinho de terra de superfície + 50 % de matéria orgânica bem curtida. As sementes germinam com 45 a 70 dias, com índice de germinação de 80%. As mudinhas podem ser transplantadas com 10 cm ou 6 folhas definitivas, em sacos de 30 cm de altura e 15 cm de largura contendo substrato isento de calcário e enriquecido com 40% de matéria orgânica bem curtida. Após o transplante as mudas devem ficar em sombreamento de 50% até atingirem 35 cm, quando devem ser transferidas para o sol pleno. As mudas crescem lentamente, ficando com 35 cm aos 15 meses de vida, quando já podem ser plantadas no local definitivo.

 

Plantando: O espaçamento em pleno sol ou na sombra deve ser de no mínimo 5 x 5 m entre plantas. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e ser preparadas com 3 meses de antecedência, adicionando aos 30 cm da terra da superfície 5 a 6 pás de composto orgânico bem curtido, 50g de farinha de osso e 100 gramas de cinzas de madeira que tem potássio e beneficiará o crescimento. O plantio deve ser feito no inicio das chuvas em setembro e outubro. Nos primeiros 3 meses convém fazer uma irrigação com 10 l de água a cada 15 dias.

 

Cultivando: Não é exigente a irrigações frequentes, mais requer que a coroa de onde foi plantada tenha cerca de 10 cm de cobertura morta (capim seco) para manter a umidade. Fazer podas de limpeza e formação no inverno eliminando os ramos que brotarem na base do tronco e os galhos cruzados ou voltados para o interior da copa. A adubação é feita com 50 g de cinza ou 50 g de cloreto de potássio no inicio da floração beneficia a circulação da seiva da planta e evita as pipocas ou bolhas na casca do fruto. Nos meses de novembro faz-se a adubação orgânica de 3 pás de composto orgânico bem curtido, abrindo-se valas de 06 cm de largura, 30 cm de profundidade e 1 m de comprimento na projeção da copa.

 

Usos: Frutifica nos meses de fevereiro a abril. Os frutos são pequenos mais tem sabor muito agradável (melhor que o achachairú) e a casca também pode ser consumida in natura tendo propriedades refrescantes! Os frutos atraem diversas espécies de pássaros e pequenos macacos! A árvore é de belo efeito ornamental e não podem faltar no pomar de sua chácara ou fazenda e também estar presente em projetos de revegetação permanente.  

 

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