GUATTERIA SCANDENS

 

FAMILIA DAS ANNONACEAE

 

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PLANTA JOVEM

FRUTOS VERDES

Flores

Frutos maduros e sementes

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: GUATARIA de CIPÓ vem do tupi mais o significado ainda não foi decifrado. Também é chamado de Cipó Envira e de Araticum de cipó por causa das folhas serem muito semelhantes ao gênero Annona.

 

Origem: Espécie rara e muito pouco coletada na natureza e já identificada no Amapá, Pará e Maranhão. Existem poucas coletas dessa espécie na região amazônica. Mais pode ocorrer em outras partes do Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Guatteria_scandens

 

OBSERVAÇÕES: Essa frutífera até o momento não foi encontrada nas expedições que fazemos, embora tenhamos procurado bastante. A planta nasceu em um saquinho velho de mudas deixado embaixo do arvoredo no ano de 2.007, provavelmente trazida por pássaros. Daí, plantei-a na mata por não saber o que é. Depois de uns 2 anos de crescer muito lentamente a planta deu cara de ser um cipó e ao analisar a morfologia descobri que se tratava-se de uma annonaceae (muito parecida com o araticum de cipó Annona haematantha que ocorre na Amazônia), mas somente quando frutificou agora em 2.014 é que descobrimos que se tratava de uma Guatteria scandens, sendo esse o primeiro registro da espécie para o estado de São Paulo. Ao frutificar a primeira vez descobri que as maritacas atacaram os frutos assim que amadureceram, sendo elas provavelmente que trouxeram a primeira semente que nasceu no meu viveiro.

Características: Trepadeira ou liana lenhosa que ocorre no do sub-bosque ou interior de florestas bem preservadas, crescendo até o sub-docel da floresta e atingindo 7 a 10 metros de altura. O caule é sinuoso e os ramos jovens são pilosos (com pelos longos castanhos), a planta tem ramos que se tornam estruturas preênseis que se enrolam e fixam sobre qualquer estrutura. As folhas são simples, alternas, cartácea (como cartolina), discolores (com 2 cores) de cor verde opaco na face adaxial (superior) e verde clara e marcada por nervuras secundarias amareladas na face abaxial (inferior). A lamina é oblonga (mais longa que larga) com base arredondada e ápice apiculado (com ponta curta), medindo de 7 a 14 cm de comprimento por 2 a 3,5 cm de largura. A espécie é facilmente identificada por se observar pecíolo (haste ou suporte) curto de 1 cm de comprimento com pilosidade de cor ferruginrea. As flores são solitárias, surgem nas axilas das folhas com 5 pétalas vermelho alaranjadas de 15 a 30 mm de comprimento. Os frutos são bagas adocicadas com casca muito fina com 8 a 1,3 cm de diâmetro,que nasce em glomérulos (aglomerado ou cacho arredondado) sob pedúnculos de 08 a 13 mm de comprimento. Os frutos maduros são alaranjados, tem polpa esbranquiçada e contem 1 a 3 sementes.

 

Dicas para cultivo: Planta de clima subtropical e tropical, onde a temperatura media varia de 6 a 35 graus, podendo suportar geadas de até – 3 grau. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se bem aos solos arenosos e vermelhos ou amarelados que sejam profundos e muito bem drenados, com pH de acido e com boa quantidade de matéria orgânica dissolvida. É planta de crescimento lendo nos primeiros 2 anos, passando a crescer rapidamente do 3 ano em diante. Pode ser cultivada tanto na sombra ou em pleno sol e necessita que se construa uma parreira para suporte.

 

Mudas: As sementes são pequenas ovaladas e depois de despolpadas e secas podem ser armazenadas em local escuro, conservado assim o poder germinativo por 1 ano. Após o plantio entram em dormência no inverno e só germinam em 120 a 170 dias quando a temperatura volta a subir. Convém semear 2 sementes por embalagem individual contendo substrato feito de 30% de terra vermelha, 30% de areia branca de rio e 40% de matéria orgânica bem curtida feita de esterco e folhas apodrecidas. As mudas atingem 30 cm com 10 a12 meses de idade, mais apreciam ambiente sombreado para formação. A frutificação inicia-se com 4 a 6 anos, dependendo do solo e tratos culturais.

 

Plantando: Pode ser plantada tanto em pleno sol, mas com cobertura feita de sombrite até o segundo ano; ou pode se ter mais sucesso cultivando na sombra. No pomar planta-se num espaçamento de 4 x 4 m, onde as covas devem ter 50 cm de largura e comprimento e 50 cm de profundidade, devendo ser preenchidas com 20% de areia e cerca de 7 pás de composto orgânico bem curtido; caso o solo seja muito acido é bom colocar 500 g de calcário na cova e deixar curtir por 3 meses antes do plantio. Como a planta é trepadeira a parreira deve ter 6 mourões, fincados a 60 cm de profundidade e distanciados a 2 m entre si e 3 metros entre os pares, com altura de 1,60 para facilitar a colheita dos frutos. Os arames são fixados em caibros parafusados na cabeça dos mourões; estes devem formar uma malha de 40 cm entre si. A melhor época de plantio é de setembro a dezembro. Irrigar com 10 l de água a cada 15 dias no primeiro ano após o plantio, depois somente em secas prolongadas.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação e eliminar os brotos que nascerem na base do caule, manejando os ramos num tutor e continuar amarrando os ramos na parreira para não caírem. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 a 3 pás de matéria orgânica bem curtida e + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 2ª ano e continuar adubando anualmente na primavera. Lembrar de distribuir o adubo na projeção da copa com distancia do tronco igual a medida da circunferência do mesmo.

 

Usos: Frutifica nos meses de fevereiro a março. O habito da planta é elegante e curioso e suas flores são de magnífica beleza. Os frutos são pequenos mais muito doces e saborosos; se colher grande quantidade é possível despolpar e congelar a polpa; podendo-a utilizar para sucos, geleias e sorvetes. Os frutos também são ótimos para atrair diversas espécies de aves. A planta é rara e por isso precisa ser cultivada e preservada!


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