HANCORNIA SPECIOSA var. SPECIOSA

 

FAMILIA DAS APOCINACEAE

 

 

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ARVORE

FLORES

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FRUTO AMADURESCENDO

FRUTOS ABERTOS E SEMENTES

 

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: MANGABA vem do tupi guarani e significa “Fruta boa de comer”. Também é popularmente conhecida como: Mangába, Mangava, Mangaua, Magaua, Manguba, Mangaiba e Fruta de doente.

 

Origem: Na restinga, predominantemente em solos arenosos e de baixa fertilidade dos planaltos do interior do país ou na faixa litorânea quente e úmida do sul do estado do Rio Grande do Norte, passando por Piauí, Pernambuco e Paraíba onde ocorre a variedade H. S. pubescens. A variedade H. S. speciosa ocorre nos tabuleiros de arenito, passando pela Caatinga e chegando aos cerrados do estado do Espírito Santo, Bahia, Goiás, Tocantins, Maranhão, Alagoas, Pará e Amazonas, descendo a cerrados arenosos dos planaltos mais quentes e Chapadas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, norte do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fora do Brasil, ocorre no Peru, próximo à fronteira do Brasil, no nordeste da Bolívia, e no Paraguai. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Hancornia_speciosa

 

Características: Arbusto de até 60 cm em regiões pedregosas e áridas ou uma arvore de até de 4 a 7 m de altura, existindo raros exemplares de até 15 m de altura. A copa é ampla, com largura maior que a altura e o tronco é tortuoso, inclinado ou ligeiramente reto, com 15 a 30 cm de diâmetro; a casca é suberosa, mole, com 1 cm de espessura, a qual exsuda abundante látex quando ferida, esta tem coloração cinza escura ou grafite. As folhas são simples, opostas, com espaçamento uniforme, fixas por pecíolo (haste ou suporte) de 1  a 1,6 cm de comprimento, avermelhado e canelado. A lamina foliar é coriacea (tem consistência rija como couro), oblonga (mais longa que larga), estreitas ou lanceoladas (com forma de lança), glabras ou pubescentes (com pelos curtos) no dorso, medindo 3,5 a 10 cm de comprimento por 1,5 a 4,5 cm de largura. A base é obtusa ou arredondada e o ápice é abruptamente acuminado ou arredondado. As flores surgem em dicásio (cacho cujo eixo termina em uma flor após formar dois ramos com 2 flores cada) terminal com 3 a 7 flores com 3 a 4,5 cm de comprimento. As flores são hermafroditas, actinomorfas (com vários planos passando pelo mesmo eixo), formadas por cálice (invólucro externo) com 5 sépalas ciliadas (como cílio) ou obtusa (arredondada) a depender da variedade. O fruto é uma baga globosa ou oblonga (mais longa que larga) com epicarpo (casca) membranácea de coloração verde amarelada ou verde rosada e até manchas ou estrias avermelhadas de 4 a 6 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, pesando em média 25 a 120 gramas.

 

Dicas para cultivo: é planta de crescimento lento que aprecia clima tropical a subtropical com temperaturas medias entre 18 a 28 graus, suportando variação de -3 graus a 45 graus com período máximo de exposição de 8 horas. A planta ocorre principalmente em áreas abertas, em solo arenoso, ou pouco pedregoso e profundo, bem drenado com pH entre 5,5 a 7,0, ambientes desde o nível do mar até 1.500 m de altitude. A planta também pode desenvolver em solos com teores médios de argila e matéria orgânica. Aprecia um índice de umidade relativa do ar baixa, entre 20 a 60%, onde caiam 750 a 1.600 mm anuais de chuva; apesar disso, a planta resiste a períodos de secas superiores a 6 meses, embora não suporte solos encharcados.

 

Mudas: A multiplicação da mangabeira é feita principalmente por sementes, embora seja um pouco difícil, a germinação de sementes frescas se dá em 20 a 40 dias; se forem retiradas de frutos maduros e limpas em água corrente para retirada completa da polpa que tem inibidores da germinação, e secas por no máximo um dia na sombra. É melhor plantar diretamente 3 sementes por saco plástico com as dimensões de 15 por 25 cm contendo o mesmo substrato acima, fazendo a seleção após 3 meses, deixando a planta mais vigorosa. Os sacos plantados deve, ficar a pleno sol e a irrigação deve ser feita apenas para umedecer o substrato que deve ser feito com uma mistura de 60% de areia branca de rio, com 40% de húmus de minhoca que possivelmente esteja isento de fungos que podem prejudicar gravemente a formação das mudas. As mudas atingem 20 a 30 cm com 9 a 12 meses de viveiro e começam a frutificar com 3 a 4 anos na região nordeste e com 6 a 8 anos no estado de São Paulo.

 

Plantando: Sempre no início das chuvas, em covas que devem ter 40 cm nas três dimensões, e ser abertas no espaçamento de 5 x 5 m para a região sudeste e 7 x 7 m para regiões mais quentes. As covas devem ser preparadas com 3 meses de antecedência misturando 10 kg de composto orgânico bem curtido, com 200g de superfosfato simples e 50g de cloreto de potássio à terra dos 20 cm da superfície. Caso o solo não seja arenoso, faça uma cova maior, misturando à terra 50 % de areia de rio, juntamente com os componentes indicados acima. As plantas devem ser tutoradas para evitar que se entortem ou quebrem. Após o plantio irrigar com 10 a 15 l de água toda semana, se não chover nos primeiros 4 meses.

 

Cultivando: A planta deve ser mantida sempre livre da concorrência de plantas daninhas. É importante o coroamento ao redor do tronco das plantas, bem como colocar cobertura morta (palha, capim, casca de coco etc) principalmente no primeiro período seco após o plantio, promovendo o efeito positivo no pegamento e sobrevivência de plantas jovens, além de contribuir para a redução da temperatura do solo ao redor da planta e preservar a umidade do solo por mais tempo. Visto que a planta é típica de solos com baixa fertilidade, o cultivo da mangabeira não exige muita adubação. Nos plantios comerciais do nordeste se usa adubação orgânica e mineral. A adubação química é feita com 50g de N-P-K 6-6-4 por planta. A poda de formação deve ser conduzida de maneira que permita a aeração e luminosidade no seu interior e melhorar o desenvolvimento dos ramos que produzirão flores e frutos.

 

Usos: Frutifica nos meses de novembro a fevereiro. Os frutos são consumidos in natura e são muito saborosos. Também podem ser utilizada na forma de sucos, geleias e sorvetes. A arvore não deve faltar em seu pomar de delicias e na arborização urbana, pois seus frutos atraem e alimentam dezenas de espécies de pássaros. A árvore tem grande importância ecológica para alimentação de animais silvestres e as flores são aromáticas, deixando qualquer ambiente agradável.

 

 
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