HIRTELLA HEBECLADA 

 

FAMILIA DAS CHRYSOBALANACEAE

 

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COPA

FLORES

FRUTO MADURO

FRUTO E POLPA

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: GUAPUATÁ vem do Tupi Guarani e quer dizer “Fruta de casca preta e semente dura como pedra”. Também é conhecida como Jacuá, Ajurú, Cinzeiro e Simbiuva.

 

Origem: Ocorre preferencialmente na floresta ombrofila densa (sempre em encostas) mais aparece também nos planaltos da floresta semidecidua do interior de São Paulo. Sua distribuição é desde a Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, Brasil. Mais informações no link:

http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Hirtella_hebeclada

 

OBSERVAÇÕES: Depois de 6 anos de busca pude encontrar a arvore numa mata já conhecida, onde eu descobri o Saputá (Cheiloclinium serratum) a 12 anos atrás. É uma arvore linda e facilmente notada pelo tamanho das folhas e beleza das flores. Identifiquei a arvore em minhas expedições em novembro de 2.011, porém eu não consegui frutos em 2.012 e 13. Vamos torcer para que o clima de 2.013 seja bom para uma ótima produção em fevereiro março de 2.014! Felizmente consegui mudas embaixo da arvore mãe e essas prosperam bem no pomar do Sitio Frutas Raras!

 

Características: Arvore de médio a grande porte, atingindo 5 a 15 m de altura, com copa cilíndrica quando em pleno sol ou mais larga no meio da mata. O tronco é de cor cinzenta esverdeada e ereto com fuste (altura do tronco) de 3 a 6 m por 30 a 40 cm de diâmetro; a casca é finamente estriada e mais evidente em arvores em pleno sol. As folhas são alternadas, simples, ovaladas, de textura coriácea (rija como couro) e hirsuta ou hirta (com pelos eretos e duros), medindo 8 a 18 cm de comprimento por 4 a 7 cm de largura. A base é cuneada (como cunha) e o ápice é apiculado (com ponta curta). A folha está presa sob pecíolo de 3 a 6 mm de comprimento, largo e firme, podendo facilmente notar um par de estipula (tipo de folha modificada) de 3 a 4 mm de comprimento e de coloração verde escura. As nervuras secundarias também são notórias na face superior da folha. As flores surgem nos ramos mais finos em racemos axilares ou terminais de 6 a 12 cm de comprimento, contendo de 4 a 16 ou 20 flores. A flor tem o cálice densamente pubescente (coberto de pelos), e corola com 5 pétalas oblongas (mais longa que larga) de 7 a 12 mm de comprimento e no centro existem estames (tubos do órgão masculino) de 2 a 3,5 cm de comprimento de linda coloração violeta azulada. Os frutos são drupas alongadas de 2 a 3 cm de comprimento por 1,2 a 1,9 cm de largura com casca preta esparsamente pilosa e polpa branco rosada envolvendo 1 semente óssea de 1,5 a 2 cm de comprimento por 7 a 9 mm de largura.

 

Dicas para cultivo: Pode ser cultivado em todo o Brasil, pois adapta-se a varias condições climáticas, suportando geadas de – 2º C. Em estado nativo, aparece em altitudes de 350 m a 1.300 acima do nível do mar, onde o índice de chuvas varia de 600 mm a 2.400 mm anuais. Quanto aos tipos de solos, aprecia os arenosos, argilosos, vermelhos, profundos, bem drenados, com pH entre 4,5 a 7,0, desenvolvendo rapidamente nos solos ricos em matéria orgânica.

 

Mudas: As sementes são alongadas de coloração castanha clara e com casca ou tegumento muito duro. Apesar de duras germinam bem sem nenhum tratamento se plantadas logo que colhidas diretamente em recipientes individuais com substrato de 40% de terra de superfície, 40% de matéria orgânica e 20% de areia. Planta-se 1 ou 2 sementes em embalagens individuais que devem ficar em local sombreado, onde sejam irrigadas diariamente. A germinação ocorre 40 a 60 dias, as mudas atingem 35 cm em 7 a 9 meses e a frutificação inicia-se com 4 a 6 anos após o plantio dependendo dos tratos culturais.

 

Plantando: Fazer as covas com espaçamento de 6 x 6 m e 50 cm nas três dimensões, misturando 8 pás de esterco bem curtido + 200 g de calcário e 500 g de cinza de madeira, deixando curtir por 2 meses antes do plantio. A melhor época de plantio é de setembro a outubro. Após o plantio coloque na coroa da planta capim seco e irrigue a cada 10 dias com 5 litros de água no mínimo, estendendo a irrigação nos primeiros 3 meses após o plantio. Depois irrigue a cada quinze dias se não chover até a próxima estação chuvosa.  

 

Cultivando: Fazer apenas poda de formação para eliminar ramos que nascerem na base do tronco ou galhos doentes ou que estiverem cruzando a copa da arvore ou muito arcados para o chão. A adubação é feita no fim do inverno, abrindo uma coroa de 20 cm de largura e 5 cm de profundidade, numa distancia circular à 20 cm do tronco, colocando os seguintes nutrientes: 40 g de N-P-K 10-10-10, + 8 kg de composto orgânico bem curtido e 500g de cinza de madeira, incorporando esses nutrientes com a terra retirada da coroa e voltando a mistura na vala circular que foi aberta.

 

Usos: Frutifica de fevereiro a abril. Os frutos podem ser consumidos in natura e são muito saborosos. A floração violeta a azulada é de magnífica beleza, podendo a arvore ser cultivada como ornamental. Os frutos são muito apreciados por diversos animais e pássaros silvestres, por isso, árvore não pode faltar em projetos de reflorestamento permanente.

 

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