MENDONCIA SSP. NOVA ESPÉCIE (Brácteas verdes)

 É uma espécie muito próxima de Mendoncia peberula 

FAMILIA DAS ACANTHACEAE (Antigamente Mendociaceae)

 

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Flores que atraem beija-flores

Frutos maduros

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CIPÓ TARUMÃ vem do tupi guarani e quer dizer “Planta trepadeira que dá fruto que fermenta (para fazer vinho)”. Também recebe o nome de Cipó azeitona, Cipó de macaco e Uva de Jacu.

 

ORIGEM: ocorre nas natas de galerias do cerrado e nas matas de encostas da mata atlântica, presentes nos estados de Goiás, Minhas Gerais, São Paulo e Paraná, Brasil. Mais informações no link:  http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Mendoncia_puberula

 

OBSERVAÇÕES: ESSA ESPÉCIE É NATIVA DAS MATAS DE GALERIAS DO CERRADO DO MUNICIPIO DE ITAPETINIGA, SP. Eu encontrei esse cipó na expedição realizada em 12/04/09. O mateiro que me acompanhou disse que conhece a região a mais de 40 anos e só havia encontrado essa planta num único lugar que visitamos. De inicio pensei que fosse do mesmo gênero da Flor de São Miguel (Pétrea volubilis) que é muito cultivada como ornamental, mais como as características não batiam muito com a descrição do gênero Pétrea, “principalmente porque nessa espécie do gênero Mendoncia os ramos são angulosos, pilosos e flores/frutos nascem nas axilas das folhas”.. A Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo Volume 4 descreve exatamente essa espécie que encontrei, porém está identificada apenas a titulo de gênero e com a espécie ainda sem nome, grafada apenas SP.

 

Características: Planta herbácea lenhosa e de habito trepador e muito comum na borda das matas, crescendo de 4 a 7 m por cima das arvores. Os ramos jovens são quadrangulares, temontosos-velutinos (coberto de lanugem densa esbranquiçada) com nós engrossados e com distancia entre si de 3,5 a 6,2 cm. O pecíolo (haste ou suporte) mede 0,4 a 2,6 cm de comprimento e também é tomentoso-velutino. As folhas são opostas e paralelas, ovadas ou elípticas (com largura igual desde a base até o ápice), de textura cartácea a subcoriácea (como cartolina) medindo 3,5 a 12 cm de comprimento por 1,6 a 6,5 cm de largura. A base é obtusa ou arredondada e o ápice é cuspidado (que se afina e tem ponta ainda mais aguda) ou mucronado (arredondado com uma ponta saliente). As flores surgem nas axilas das folhas em numero de 1 a 4 em pedicelos (haste da flor) de 1,9 a 5,2 cm de comprimento com 2 brácteas (tipo de folha de proteção) esverdeada, tomentosa (coberta de lanugem) por fora e glabra (sem pelos) por dentro; envolvendo uma flor tubulosa avermelhada com os bordos lobados (com recortes arredondados) medindo 1,7 a 2,3 cm de comprimento. Os frutos são do tipo drupa medindo 1,3 a 1,6 cm de comprimento por 0,7 a 1,1 cm de largura de cor atro-violácea quando madura, envolvendo 1 semente cilíndrica emersa em polpa translúcida.     

 

Dicas para cultivo: Trepadeira de crescimento rápido que resiste a baixas temperaturas (até -4 graus), vegeta bem desde o nível do mar até altitudes superiores a 1.000 m. O solo deve ser profundo, úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção. A planta inicia a frutificação com 2 a 3 anos após o plantio.

 

Mudas: As sementes são cilíndricas e tem casca dura, conservando o poder germinativo por 1,5 ano se for limpa e armazenada em local seco e escuro. Convém plantar 2 sementes diretamente em saquinhos individuais com diâmetro mínimo de 7 cm e altura de 20 cm, que devem ser preenchidos com substrato composto de 40% de terra vermelha de superfície, 20% de areia saibro e 40% de composto orgânico bem curtido. A germinação se dá com 50 a 80 dias e tanto na faze de plantio como na face de crescimento, os saquinhos com sementes ou mudas devem ficar em pleno sol e receber irrigação suave uma vez por dia. O crescimento das mudas é rápido atingindo 30 cm em 7 a 8 meses.

 

Plantando: Plantar no mínimo 2 plantas para que haja polinização cruzada e boa frutificação. O espaçamento mínimo entre plantas é de 4 x 4 m, onde deve ser abertas covas de 50 cm de profundidade, 40 cm de comprimento e 40 cm de largura. Os 30 cm da terra de superfície deve ser reservados e adiciona-se 500g de farinha de osso mais 1 kg de cinzas e 10 kg de matéria orgânica bem curtida, misturando bem todos os componentes, deixando curtir por no mínimo 2 meses. Nesse período uma parreira deve ser construída com o uso de 6 mourões ou poste de concreto que tenham 2,20 m de comprimento. Os mesmos serão fincados numa distancia de 2 m de largura entre filas e 2,5 m entre mourões. As covas para se fincar os mourões devem ter 60 cm de profundidade de moto que sobre 1,60 na altura, aonde na cabeça dos mourões deve ser amarrados e pregados arames que vão tutorar os galhos trepadores. Depois que os arames das bordas e centrais forem bem fixados, deve-se fazer uma malha passando arames nº 18 a 40 cm de distancia no sentido do comprimento e largura, dando uma volta ao cruzarem entre si. Depois de pronta a parreira, chegou a hora do plantio que deve ser feito em outubro a novembro, ocasião em que se deve fincar uma taquara que leve o cipó até a rede de arames. A medida que o cipó crescer esse deve ser amarado até que alcance os arames.

 

Cultivando: Essa espécie cresce rápido e vários brotos ou galhos surgirão na base da planta, devendo podá-los e conduzir 2 ou no máximo 3 cipós até os arames, depois a própria planta vai ocupar toda a rede de arames. A poda de condução deve ser feita no primeiro ano de plantio, sempre eliminando os brotos ladrões que nascerem no caule principal ou aqueles que a partir dos arames estiverem crescendo para baixo em direção ao chão. Após 10 anos de plantio convém fazer uma poda para eliminar 40% do excesso de raminhos que estiverem enrolados na rede da parreira, deixando somente os ramos principais com diâmetro superior a 1,5 cm para que uma nova parreira seja formada. A adubação é feita com 4 kg de composto orgânico bem curtido + 30 gr de N-P-K 10-10-10 nos meses de novembro e dezembro, distribuído-os em sulcos de 4 cm de profundidade, 10 cm de largura em círculos à 30 cm do tronco.

 

Usos: Frutifica nos meses de Fevereiro Agosto. Em chácaras ou jardim a planta pode ser conduzida sobre estruturas semelhantes a quiosques com armação de arames visando uma bela cobertura natural visando principalmente atrair beija-flores, visto que suas flores são projetadas para eles. Os frutos podem ser consumidos in-natura quando bem maduros. Os frutos tem gosto de Tarumã (Vitex montevidensis) e tem uma particularidade interessante: ao chupar o fruto, este é de inicio amargo, mais depois de algum tempo fica bem doce.

  

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