PAULLINIA RHOMBOIDEA

 

FAMÍLIA DAS SAPINDACEAE

 

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PLANTA JOVEM

FLORES

FRUTOS

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CAMAIUÁ-CIPÓ tem origem tupi guarani, mais a etimologia ou significado ainda não foi descoberto. Também recebe o nome de Guaranáí samambaia, Cipó de abelha e Samambaia de fruta.

 

Origem: Nativa das matas de galerias dos rios e no interior das florestas semideciduais em morros com solos úmidos e férteis. É de ocorrência ocasional e rara que aparece nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Paullinia_rhomboidea

 

OBSERVAÇÃOES: Espécie rara descoberta em nossas expedições em 2.011. Ao cruzar um ribeirão afluente do Rio Guarí no município de Angatuba – SP (especificamente no bairro Guarei-Velho), fomos surpreendidos pelo barulho da dança das abelhas em inicio de novembro – quando achamos que seriamos atacados por algum enxame em mudança – mais ao observar melhor era o som das abelhas trabalhando no alto de uma arvore onde a primeira vista estava tomada por uma espécie de samambaia trepadeira. Ao observar melhor, notei que aquela planta não era uma samambaia, somente as suas folhas se pareciam; na realidade era esta a planta em plena floração e que estava sendo competida por diversas espécies de abelhas. Meu acompanhante na época (Ilson) disse que seu pai conhecia aquela planta como cipó abelha. Até o momento, este é o primeiro registro e ocorrência da espécie que foi observada em minhas expedições.

 

Características: Trepadeira, perene com gavinhas (estruturas de sustentação) enroladoras, com caule lenhoso e fino meio cilíndrico ou 4 a 5 costados com 2 a 4 cm de diâmetro, de casca castanho escura, crescendo em círculos no chão até encontrar local adequado para subir até a copa das arvores, com ramos flexíveis de 5 a 8 m de comprimento. Essa espécie é facilmente reconhecida por se observar as partes vegetativas (em crescimento) que tem indumento (pelinhos ou casca) amarelo esverdeado, observando isso também nas inflorescências. As folhas são opostas, tripinadas (como pena e 2 pinas na base da raque) com 4 a 8 jugas (pares de folíolos). A raque principal mede 4 a 12 cm de comprimento e é marginada (tem pequena margem foliar de 1 a 2 mm) e os folíolos são sésseis (desprovido de pedúnculo ou haste), medindo 8 mm a 2,4 cm de comprimento por 6 mm a 1,3 cm de largura, sub-rombidais (com forma de losango) de textura cartácea (como cartolina), com ápice arredondado, agudo ou bilobado e terço superior dentado. A inflorescência nasce no ápice dos ramos em tirsos (com eixo central dividido em 3) racemiforme (cacho comprido) de 5 a 9,5 cm de comprimento, contendo diversas flores masculinas ou femininas de 3 a 4 mm. Os frutos são cápsulas tri-aladas (com 3 asas), obovóides (forma de ovo invertido) de 1,5 a 2 cm de comprimento, por 1 a 1,6 cm de largura ficando avermelhadas na maturação, abrindo em 3 partes, deixando aparecer de 1 a 3 sementes ovoide de 5 a 6 mm recobertas por arilo amarelo esbranquiçado, gelatinoso e doce.

 

Dicas para cultivo: Trepadeira de lento na faze inicial (no primeiro ou segundo ano) que resiste a baixas temperaturas (até -4 graus) e a secas de 4 ou 5 meses. Pode ser cultivada desde o nível do mar até altitudes superiores a 1.000 m. O solo deve ser profundo, úmido, com pH neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção. Pode ser cultivada em todo o Brasil, mais a planta prefere ambientes sombreados. É preciso fazer uma parreira na horizontal com arames formando uma malha da 40 cm entre arames.

 

Mudas: As sementes são ovadas, de cor preta e com hilo (parte onde nasce a raiz) na base de cor branca; são recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas). A germinação ocorre em 30 a 40 dias se plantadas substrato feito de 30% de areia, 30 % de terra e 40% de matéria orgânica curtida. Pode ser plantada em sementeira (embalagens com 40 cm de comprimento, 20 cm de largura e altura) e depois quando as plântulas estiverem com 10 a 15 cm de altura, podem ser transplantadas para embalagens individuais. As mudas crescem 40 cm com 9 a 10 meses após a semeadura. Começa a frutificar no 3 ou 4 ano após o plantio.

 

Plantando: Pode ser plantada no meio de outras arvores grandes ou em local onde pegue sol apenas parte do dia. Plantar num espaçamento entre plantas 4 x 4 m. A parreira deve ter 6 mourões, distanciados a 2,5 m entre si e 2 metros entre os pares, com altura de 1,60 para facilitar a colheita dos frutos. As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e com os 30 cm de solo fértil da superfície se deve misturar 500 g de calcário e 1 kg de cinzas e 6 a 8 pás de matéria orgânica, deixar curtir por 2 meses antes do plantio. Pode ser plantada em qualquer época do ano se for irrigada. Irrigar a cada quinze dias com 10 litros de água nos primeiros 3 meses se faltar chuva.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os brotos que nascerem na base do caule, manejando os ramos num tutor até se fixarem na parreira. Adubar com composto orgânico, pode ser 2 pás de cama de frango bem curtida + 30 gr de N-P-K 10-10-10 nos meses de outubro a novembro, distribuindo-os a 30 cm do tronco. Depois de 6 anos é bom fazer uma poda drástica para eliminar toda a ramagem velha, permitindo que a planta forme novamente de maneira mais bonita.

 

Usos: Frutifica nos meses de Março a setembro. Os frutos são cápsulas se abrem, expondo um arilo branco adocicado e comestível. Ainda faltam estudos para verificar se a semente tem algum potencial para fazer uma bebida igual ao guaraná. A planta é de grande beleza por causa das suas folhas com aspecto semelhante a samambaia. É ideal para ser cultivada como ornamental. A planta também não pode faltar no pasto apícola das abelhas indígenas pois suas flores produzem néctar e pólen em abundancia. Os frutos atraem inúmeras espécies de pássaros.

 

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