PHILODENDRON BRASILIENSE FAMÍLIA DAS ARACEAS

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Planta com inflorescência	Fruto maduro

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: TARUBA ou CARUBA vem do tupi guarani e significa “Erva da raiz que dá amigo e fruto”. Também recebe o nome de Banana do brejo, Imbé arbóreo e Folha grande do banhado.

ORIGEM: Planta palustre (nasce em áreas brejosas de terra turfosa) ou terrestre na beira de rios e lagos sendo endêmica de áreas pantanosas do estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Brasil. Mais informações no link: http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ResultadoDaConsultaNovaConsulta.do#CondicaoTaxonCP

OBSERVAÇÕES: Depois de 4 anos de busca pude encontrar essa espécie no município de Guatapará no norte do estado de São Paulo em novembro de 2.008. A planta é muito rara e corre o perigo de extinção pois, o ambiente de sua origem tipo está sendo muito degradado por lavouras de arroz ou criação de gado.

CARACTERISTICAS: é um arbusto de 80 cm a 2 m de altura quando plantado no solo, formando colônias ou moitas por causa do habito de formar um caule monopodial (que se desenvolve pela brotação de uma única gema) ereto que à medida que cresce novos brotos surgem na base da planta. O caule é semi-lenhoso e amilaceo (produz amigo ou farinha) flageliformes (com fibras flexíveis que tem a capacidade de deslocar a posição do meristema ou tecido vivo que tem capacidade de multiplicar-se por divisão. Com caule de cor verde acinzentado facilmente identificado por entrenós  de 1 a 2 cm e pela cicatrizes das folhas caídas. Quando a planta é jovem, o pecíolo (haste ou suporte) envolve o caule na base que é uma bainha (tecido achatado na forma de envoltório) de 2 a 5 cm de comprimento e sulcado na largura. A folha é coriácea (rija como couro), alternas, concentrada no ápice do caule, radiada (distribuída) em todas as direções, glabras (sem pelos), brilhantes na pagina superior e verde-glauca (verde claro esbranquiçado) na pagina inferior. A lamina foliar é ovada a triangular, com base sagitada (como seta) e ápice subagudo ou arredondado, medindo de 30 a 70 cm de comprimento por 22 a 60 cm de largura. A inflorescência é axilar, na forma de espádice (com eixo carnoso na forma de uma espiga), protegida por uma espata (bráctea ou tecido modificado) oval, coriácea (consistência rija) de 9 a 23 cm de comprimento e 0,3 a 068 mm de espessura, de coloração esverdeada externamente e creme internamente. Os frutos são bagas agregadas, ou seja, unidas lado a lado numa espiga ou eixo central de 15 a 20 cm de comprimento por 5 a 7 cm de diâmetro. Os fruticulos estão concentrados na base onde surgem flores femininas e no ápice surgem flores masculinas que não geram frutos.

Dicas para cultivo: Planta subtropical, de habito palustre (lugar brejoso), muito embora possa ser cultivada em terreno seco e na sombra, onde deve receber irrigação; nestas condições as folhas ficam enormes. A planta não resiste a seca, mais suporta geadas de até – 3 grau. Pode ser plantada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a qualquer tipo de solo, que drenem bem as águas da chuva ou até solos argilosos, sujeito a inundações na beira de rios. Também pode ser cultivada no interior de casas ou em escritórios em vasos grandes. Mudas propagadas vegetativamente começam a produzir com 2 anos enquanto mudas feitas de sementes iniciam a frutificação com 2 a 4 anos.

Mudas: As sementes são pequeninas, esbranquiçadas, e podem ser lavadas em água corrente para retirada da polpa e secas na sombra por 24 horas. Convém semear superficialmente em substrato de terra vegetal ou húmus de minhoca. Deve-se colocar o substrato num frasco preenchendo 40% da altura. Irrigar levemente e manter tampado. Esse sistema de micro estufa fará com que a germinação ocorre em 20-40 dias. Depois quando as plântulas estiverem com 5 cm o transplante é realizado para sacos individuais. O crescimento das mudas é lento atingindo 30 cm com 7 a 9 meses de plantio. Pode ser propagadas por estacas de brotações laterais retiradas do tronco da planta mãe.

Plantando: Deve ser plantada em ambiente com plena sombra ou a pleno sol em áreas brejosas ou na beirada de riachos ou lagos. Se plantadas no solo abra covas com espaçamento de 3 x 3 m. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e ser preparadas com 20% de areia, 40% de matéria orgânica bem curtida e 40% de terra de superfície, tudo bem misturado, deixando curtir por 2 meses antes do plantio. A melhor época de plantio é nos meses de outubro a dezembro. Para plantar em vasos, se deve escolher recipientes grandes e fortes com 40 a 50 cm de altura e 30 a 60 cm de diâmetro; estes devem ter o fundo (cerca de 10 cm) preenchidos com argila para reter a água e depois com substrato poroso e rico em matéria orgânica. Uma vez por ano jogue por baixo dos ramos 100 g de matéria orgânica bem curtida e 10 g de N-P-K 10-10-10. Se a planta estiver a céu aberto, ou cultivada em vasos, irrigue umas 2 3 vezes na semana.

Cultivando: planta muito rústica e de fácil cultivo que não necessita de podas de galhos por não os ter. Apenas se deve fazer podas de limpeza, retirando as folhas velhas e amareladas. As raízes aéreas não devem ser cortadas. Adubar a planta 1 vez por ano com 2 a 3 pás de comporto orgânico bem curtido e 20 gr de N-P-K 10-10-10 polvilhados por baixo das folhas. Se ficar sem chover por mais de 1 mês, faça irrigações semanais.

USOS: Frutifica nos meses de Fevereiro a Maio. Os frutos são comestíveis e tem delicioso gosto de abacaxi. Ao consumir chupe a polpa, pois se morder, as sementes contem oxalito de cálcio (cristais ou agulhas em miniatura) que faz com que a língua, boa e garganta fiquem picando. Não há toxinas no fruto mais apenas esse inconveniente causado pelo formato do mineral. Também serve para fazer suco ou liquido do fruto espremido, sobre uma peneirinha. A planta pode ser cultivada como ornamental ou em vasos dentro de casa. Essa espécie também deve ser utilizada em reflorestamentos pois seus frutos são muito apreciados por diversos animais silvestres como gralhas, sabiás, gambás, guaiquicas e macacos.

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