SYAGRUS OLERACEA

 

FAMILIA DAS ARECACEAE

 

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PLANTAS

FLORES

COPA

CACHO DE FRUTAS VERDES

 

 

NOMENCLATURA E SUGNIFICADO: GUARIROBA vem do Tupi Guarani, e significa “palmito amargoso”. Também recebe os nomes de: Gariroba, Gueiroba, Coco babão, Catolé do mato, Jerivazão, Pati e Palmito amargoso.

 

ORIGEM: ocorre na floresta semidecidual de maior altitude e sempre no alto dos morros ou em escarpas, estando presentes nos estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Syagrus_oleracea

 

Características: Palmeira de caule solitário, cilíndrico e liso, atingindo de 4 a 7 m de altura. O tronco é colunar, de cor acinzentada e anelado no diâmetro com marcas enegrecidas deixadas pelas bases das folhas caixas. A copa é alta e rala com 7 a 18 folhas espiraladas e arqueadas para baixo. As folhas são pinadas (como penas) com raque (eixo ou nervura central) de 1,8 a 3,8 m de comprimento, sob pecíolo (haste ou suporte) semelhante a bainha (que envolve metade do tronco) com base expandida, fibrosa de 40 a 95 cm de comprimento, com 95 a 150 pinas ou folíolos estreitos da cada lado. As pinas ou folíolos medem 30 a 45 cm de comprimento por 2,5 a 4 cm de largura. A inflorescência é interfoliar (nasce entre as folhas), protegidas por espádice (invólucro) lenhoso, glabro (sem pelos), com pedúnculo (base ou suporte) longo de 18 a 48 cm de comprimento, que com o tempo se abre tornando-se espata ou bráctea (tecido modificado) fusiforme (com forma encaracolada), profundamente frisada e acinzentada, medindo 80 a 128 cm de comprimento. Depois que a espata abre, surgem milhares de flores numa panícula (cacho composto) formado por raque central de 40 a 50 cm de comprimento das quais surgem raquilas (nervuras em forma de filetes) secundários (cerca de 100) com 15 a 55 cm de comprimento. Cada raquila contem de 40 a 110 flores amareladas. Os coquinhos são drupas elipsóides ou ovóides, de cor verde amarelada na maturação, com 4 a 6 cm de comprimento por 3 a 4 cm de diâmetro, com polpa ou mesocarpo carnoso, pouco fibroso e adocicado.

 

Dicas para cultivo: é uma palmeira de lento crescimento, mais pode ser cultivada em todo o Brasil. É uma planta rústica, adapta-se a solos arenosos, argilosos e pedregosos (tipo piçarra), que sejam profundos e bem drenados, com pH variando de 4,86a 6,2. Pode ser cultivada desde 400 m até 1.200 m de altitude, onde a temperatura media anual fica entre 12 a 40 graus, suportando mínimas absolutas de até – 3 graus. Quanto a chuvas aprecia índices de 1.000 a 2.500 m anuais com uma estação seca no inverno. Também suporta períodos de seca de 4 a 6 meses.

 

Mudas: Essa espécie pode ser cultivada por sementes que são grandes e devem ser despolpadas, limpas e secas ao sol por no mínimo 10 horas. Semear em composto preparado com 20% de terra vermelha,, 40% de areia branca de rio e 40% de matéria orgânica bem curtida. As sementes germinam melhor se cobertas com 5 cm de substrato, o aparecimento das primeiras folhas se inicia aos 85 dias, ocorrendo paulatinamente até os 350 dias depois. Recomendo plantar as sementes em canteiros ou sementeiras e quando as plantas estiverem com 4 folhas definitivas, faz-se o transplante para embalagens individuais. As mudas atingem 50 cm de altura com 20 meses após o transplante e já podem ser plantadas no lugar definitivo. Melhor época de plantio é a primavera e o outono.

 

Plantando: Pode ser cultivada tanto no sol ou em plena sombra com o espaçamento de 5 x 5 m entre plantas, para alamedas de estradas, renques de jardins ou reflorestamento, recomendo o espaçamento de 3 x 3 m. As covas devem ter 40 cm nas três dimensões, e com os 30 cm da terra da superfície, devem ser misturado 500g de cinza, 200 g de calcário e 10 kg de composto orgânico ou esterco de gado bem curtido. Após o plantio irrigar com 10 a 15 litros de água, repetindo essa irrigação a cada 15 dias nos 3 primeiros meses, depois irrigar somente quando ficar sem chover durante um mês. Começa a frutificar com 6 a 10 anos a depender do clima ou tratos culturais.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar as folhas secas, não retirando a base que envolve e protege o tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 3 pás de matéria orgânica bem curtido, + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 4ª ano; depois manter a adubação consecutivamente. Fazer capinas periódicas para que o mato não sufoque a planta e manter o pé sempre protegido com cobertura morta. É uma planta rústica e resistente a pragas e doenças.

 

Usos: Frutifica em vários meses do ano, principalmente de setembro a dezembro. A planta pode ser cultivada como ornamental. O palmito apesar de ser um pouco e amargo, é considerado uma iguaria da culinária em alguns estados brasileiros. Recomendo cortar o palmito de plantas jovens (com 5 a 6 anos) e fervidos antecipadamente para retirada da seiva amarga; embora não é recomendado sacrificar uma palmeira só para retirar o palmito, a não ser se estas forem plantadas com esse objetivo. A polpa do coco é fibrosa e adocicada, podendo ser utilizada para fazer deliciosos sucos e sorvetes. A amêndoa ou castanha é muito saborosa e rentável, podendo produzir óleo alimentício de excelente qualidade. A planta não pode faltar em projetos de revegetação pois seus frutos alimentam diversos animais como o Graxaim, a Paca, a Anta, a Cutia, o Quatí, o Maracambé e o porco do mato; além de algumas aves.

 
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