CONHEÇA AS NOVAS DESCOBERTAS DE FRUTAS NATIVAS ENCONTRADAS NAS EXPEDIÇÕES REALIZADAS ABRANGENDO O PERIODO DE FEVEREIRO DE 2.017 A DEZEMBRO DE 2.017.

 

Visite também nossa nova pagina no FaceBook = https://www.facebook.com/projetocolecionandofrutas/

 

 

                                        Leia a primeira coluna,

depois a segunda coluna

 Posso dizer que o ano de 2.017 simplesmente voou, mais aproveitei bem o tempo fazendo inúmeras expedições o que exigiu uma boa programação. Basicamente fixemos 2 expedições por mês e percorremos cerca de 2.000 km de carro e andamos quase 20 km de a pê por diversos biomas e ambientes muito hostis e por vezes bastante íngremes. No inicio do ano nos meses de fevereiro a abril trabalhei muito para o feitio do fascículo 2 da coletânea “FRUTAS DO MATO: um guia de identificação, cultivo e usos” que tratou de 40 espécies de frutas nativas brasileiras de 7 famílias botânicas diferentes. Para saber mais e para comprar o guia, clique aqui. É importante salientar que ” Ao adquirir os fascículos dessa coleção você está não só aumentando o seu conhecimento e valorizando as frutas de nossa flora que nos trazem boa nutrição e saúde, mas também apoiando e ajudando a manter um projeto para resgatar, estudar e salvar as frutas ainda desconhecidas e perdidas nas nossas matas  que a cada dia vem sendo destruídas por aqueles que não valorizam o mais precioso ouro verde!

No final de Abril, voltei a fazer expedições na região do distrito do Rechã, município de Itapetinga – SP, local este com uma biodiversidade imensa que parece ser uma mistura ou encontro do cerrado, floresta semidecidual, mata atlântica com seus variados ambientes como: mata ciliar, brejos, encostas, planaltos, montanhas e grotas (sendo esse um lugar de difícil acesso, onde o homem praticamente não destrói por causa da declividade do terreno) possibilitando que plantas raras habitem esses lugares.

Nessas expedições não posso deixar de agradecer os companheiros de aventura que me acompanharam e me ajudaram. Agradeço principalmente minha querida esposa Emilene que me acompanha em todas as Aventuras. No Rechã tive a  companhia e ajuda do amigo Joaquim que é um grande conhecedor da região. Em outras áreas percorridas não posso deixar de agradecer o Mário e o Nain que trabalha conosco. Também neste ano de 2.017 Eu Helton Josué e o amigo Harri Lorenzi, participamos em algumas expedições em busca de plantas raras. Por exemplo em Julho de 2.017, fomos até uma rara população de um Butiá que é uma espécie rara e ainda não catalogada. Abaixo está a foto minha com Harri Lorenzi:

 

Abaixo coloco o link de 2 Vídeos que fizemos juntos nas expedições: 

 

O Primeiro é de Nova espécie de Butiá e foi feito em Julho de 2.017:

https://www.youtube.com/watch?v=l7Qifrl2X54

 

 

O segundo vídeo foi feito em setembro de 2.017 quando viajamos para a região de Iguape – SP atrás do Cambucá preto (Eugenia monosperma):

https://www.youtube.com/watch?v=qxan4F5tzDQ

 

 

Em Maio de 2.017 no Rechã, eu e Joaquim estávamos atrás de fruta de macuco e felizmente conseguimos encontrar vários exemplares na borda de mata, conformo mostro a foto abaixo das folhas de Symplocos tenuifolia que tem um tipo de galha bem característica:

 

 

Neste mesmo ambiente no caminho até a Fruta de Macuco ou Macucurana cuja foto das folhas está acima, também encontramos uma rara e saborosa fruta chamada de Melãozinho de jacú (Solanum rufescens)

Ambas as espécies acima estão sendo cultivadas com sucesso no sitio frutas raras. Agora em final de dezembro voltamos ao mesmo local e observamos que a macucurana está com frutos verdes e jovens e o melãozinho de Jacú está em inicio de florescimento.

Em inicio de Julho no município de Angatuba encontramos 2 raras espécies de Myrtaceas no cerradão. Basta clicar nos links em azul abaixo para ver mais informações:

Guamirim do Inverno (Eugenia hiemalis)

Cambuí preto (Myrciaria osoriana)

 

 Na época do inverno entre maio a setembro, fizemos 3 viagens até o rechã para estudar e catalogar varias espécies interessantes e raras de Araçás do gênero Psidium tais como o

Araçá de folha discolor (Psidium bergianum) que é um registro importantíssimo e assim poderei coletar frutas e sementes para multiplicar essa raridade.  No mesmo ambiente de cerrado de campo sujo que só está preservado porque está embaixo de uma linha de torres de alta-tensão de energia elétrica, descobrimos uma nova espécie ou nova ocorrência de araçá para o estado de São Paulo, tratando ser o

Psidium basanthum ou Araçá piloso do cerrado.

 

Em setembro, mais precisamente no final do mês, visitei uma área de cerrado bem depredado e invadido por pinus (na verdade a área é do governo e está abandonada e totalmente estragada por pinus, local esse que passa regularmente a policia ambiental que nada faz para que o código florestal seja cumprido). O pior é que essas autoridades por mais irônico que pareça podem questionar o trabalho como o meu de estar coletando sementes para preservação. – As autoridades tem medo de gente desonesta e a única forma de mostrarem serviço é abordar gente honesta que respeitam a autoridade. Não se pode perguntar onde o Brasil vai parar porque a verdade é que esse vai acabar (Não parar, mais sim acabar) se a destruição do meio ambiente continuar... mais as péssimas autoridades vão acabar pois vivem desse meio ambiente que na verdade vivem dele.   

 

DESCULPEM-ME PELO DESABADO!!!

 

Abaixo está o link do raro Guamirim cascudo do cerrado (Eugenia suberosa) encontrada na área invadida pelo pinus conforme o relato acima.  Na mesma localidade encontrei em plena frutificação uma espécie de palmeirinha chamada de Burí que emprestou seu nome a cidade de Buri, SP e muita gente nem sabe disso. Foto da planta de Buri Allagoptera leucocalyx.

 

 

No mês de outubro tivemos uma surpresa bem interessante, porque já por alguns anos eu conhecia 2 arvores numa mata de Pitanga de Cachorro do mato (Neomytranthes glomerata) que só florescia mais nunca frutificou. Nessa ocasião o amigo Nain falou que um amigo dele (Felipe) havia encontrado uma fruta preta semelhante a jabuticaba mais que as sementes eram verdes. Então fomos até o local que é uma mata do Rio Guari e encontramos então a rara Pitanga de cachorro do mato a neomytranthes glomerata, clique no nome em azul para ver mais informações.

 

Esse ano de 2.017 fui bastante surpreendido com tantas descobertas na região e é assim como um cientista escreveu certa vez “Quanto mais se aprende da natureza, mais se damos conta de que tão pouco sabemos”. Assim fico admirado por cada dia conhecer coisas novas e ver que Deus, o Criador Jeová é muito amoroso em fazer tantas criações para o nosso deleite!

 

E o que eu pensava ser a Grumixama mirim (Eugenia blastantha) que a alguns anos atrás eu havia encontrado nas matas ciliares de um riacho da região, planta esta que saiu no Guia frutas do mato fascículo 2 era uma outra rara espécie que passei a chamar de Pitanga preta lisa selvagem (Eugenia nutans) que foi encontrata em outra região da mata ciliar do rio Guarei, município de Angatuba – SP.

 

Nos cerrados também encontramos em frutificação outras frutíferas raras como o Cajuzinho e a perinha do campo cujas fotos aparecem abaixo e estão linkadas para poder ver mais fotos e informações:

 

 

No caminho para o cerrado, passamos para a floresta semidecidual latifoliada (de folha larga) e encontramos em plena floração o pau jangada Bastardiopsis densiflora que faz a alegria das abelhas que estavam com suas bolsas carregadas de néctar. Identificando assim que essa é uma espécie muito promissora para ser cultivada pelos apicultores.

 

 

Abaixo foto da floresta semidecidual que se pode notar copa branca cheia de flores do Pau jangada Bastardiopsis densiflora:

 

No inverno de 2.017 mais precisamente no final de Junho, o grande amigo Weslei Lopes me mandou uma foto de uma rara arvore jovem que havia encontrado na sua propriedade e então fui um dia lá para identificar e tratava-se da raríssima e mais imponente a alta arvore da floresta semidecidual que é o Parapariguaçú ou Carobão (Aralia warmingiana) cuja foto do exemplar jovem mostro abaixo:

 

 

Então após identificar a espécie, pensamos que a planta adulta poderia estar nos remanescentes de floresta no entorno de onde foi encontrada a planta jovem. Então fomos a busca da planta mãe. Nessa busca o nome Carobão virou piada. No grupo perguntávamos: O que está procurando?

“O cara bão.... o que é isso? Ou seja o Carobão e então caímos na gargalhada!!!

 

Depois de tanto procurar nada encontramos... mais o Amigo Weslei não desistiu e a pouco no final de dezembro de 2.017 voltou a me contatar dizendo que tinha encontrado o Cara bão ou melhor o Carobão cuja arvore tinha mais de 6 m de altura.

 

Então no ano de 2.018 mostrarei se possível a foto da arvore, flores e frutos, bem como de nosso grupo que incansavelmente trabalha para encontrar, identificar e reproduzir as raras espécies que não são notadas pela maioria!

 

 

 

O trabalho de expedições e descobertas continua...! 

 

 

==================================== 

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 

Se alguém quiser mudas das espécies acima poderá fazer seu pedido pelo e-mail hnjosue@ig.com.br ou consultar a listagem de mudas de frutas raras disponíveis, no link:

http://www.colecionandofrutas.org/listagemmudas.htm

 

 VOLTAR PARA EXPEDIÇÕES  OU  PARA NOVIDADES

 

.